Lisboa, 1992 - 1998

Prémio Municipal Eugénio dos Santos










A antiga Fábrica Viúva Ferrão integra-se na zona histórica do Aterro da Boavista/ 24 de Julho, actualmente em franca transformação.


Restaurada em 1998, mereceu o Prémio de Renovação Urbana, Eugénio dos Santos atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.

Neste momento, funciona como loja de decoração, de Conceição Vasco Costa, com cerca de 3500m² de área de exposição e mais 1200m² para armazém e escritórios.

 

Lisboa, 1987 - 2003

Respeitar o sítio e construir actual








Pretende-se demonstrar que podemos respeitar o sítio, "não imitando o antigo", mas construindo actual, aproveitando todo o desenvolvimento tecnológico, para um melhor habitar.

Pequeno empreendimento imobiliário, no bairro histórico da Lapa, composto por dois edifícios destinados a habitação incluindo entre eles uma escadaria que fará a ligação da Cc das Necessidades com a Av. Infante Santo, ao longo do que resta do antigo Aqueduto das Águas Livres, mandado construir no século XVIII por D. João V.

A principal mais valia deste condomínio, para além do sítio, das vistas desafogadas sobre a tapada do Palácio das Necessidades e dos seus acabamentos, será na proposta de apenas dez apartamentos com amplos espaços desafogados e flexíveis, que permitirão a sua adaptação às características, personalidade e gosto de cada um dos seus futuros moradores.

“Se todos somos diferentes porquê vivermos em casas todas iguais?”.

Assim, cada apartamento poderá ser um “loft”, onde a sala, cozinha e, mesmo os quartos, poderão ser um único e amplo espaço, ou a sua total subdivisão em espaços completamente independentes, passando por outras soluções intermédias “à vontade e gosto de cada um”.

A segunda “inovação”, foi na dimensão dos apartamentos, entre 150 e 480 m2.
As salas a toda a profundidade dos prédios (de duplo pé direito nos duplex do nº50), que permitirão que recebam Sol logo de manhã e à tarde a Poente.

Procurou-se a excelência a preços razoáveis. Apostou-se no que não há, no que, avidamente se procura, mas não se encontra!

Remodelação de um Solar Beirão
Santa Comba Dão, 2000


"preservar o antigo e construir actual"






Esta reabilitação partiu do pressuposto ético de que o antigo é antigo e o novo, como o é, deverá identificar-se com uma linguagem contemporânea, respeitando, contudo, as suas preexistências – “memórias do sítio a dignificar”.













Reconversão do Palácio do Alvito
Lisboa, Lg. Conde Barão, 2000 - 2004


"diálogo entre opostos"



Este projecto propõe um programa que engloba em cada piso do Palácio seis apartamentos, onde os séculos XVIII e XIX, conviverão com a contemporaneidade e progresso do século XXI, criando-se «um diálogo entre opostos», entre o antigo e o moderno, resultando em ambientes únicos e irrepetíveis.


Assim, a manutenção e recuperação dos espaços principais do palácio, designadamente, a sua entrada e escadaria principal, salões e o seu pátio interior; o restauro de todas as pinturas murais, a manutenção dos azulejos existentes, pavimentos e tectos permitem responder duma forma efectiva à premissa de preservação do carácter do edifício existente.



























Virar a cidade ao Rio.
Residências Martim Moniz
Lisboa, 2002 - 2004

"à escala da rua e da praça"




Este trabalho, fundamenta-se nos quatro princípios determinados pela Epul “para se fazer Cidade no Martim Moniz”:

- Integração dos edifícios na área histórica envolvente

- Desenvolver uma construção repartida, sendo atravessada/cruzada por percursos com vista para o Martim Moniz

- Para além da construção de apartamentos dedicada ao programa EPUL Jovem, incluir mais habitação a vender no mercado livre, de forma a criar um "mix-social" e, paralelamente, compensar parcialmente os prejuízos derivados da suspensão deste empreendimento

- Desenvolver uma solução para as áreas comerciais que possibilite ter uma ou duas lojas âncoras, dinamizando o sítio












"pluralidade, diversidade espacial"



          Comentários : Fonte_Blogue Lx Projectos



         

JohnnyMass disse...
Não é um primor arquitectónico mas qq coisa é melhor do que o buraco e ruínas que lá estavam...já parecia uma qq cidade do leste europeu mostrando ainda as cicatrizes dos bombardeamentos da WWII...  

Anónimo disse...
A cereja em cima do bolo seria utilizarem os lucros das vendas para demolir os 'belissimos' centros comerciais que alguma 'mente brilhante' deixou construir na praca.

Anónimo disse...
A arquitectura tem qualidade, uma vez que se integra bastante bem no edificado pombalino da baixa. Este tipo de edificio de apartamentos com um aspecto neo-classico esta muito em voga na Europa do Norte, principalmente em areas consolidadas.

Augusto da Silveira Vasco Costa disse...
Caros Comentadores Anónimos
Por principio, não respondo a comentários anónimos, mas façamos uma excepção...
Este projecto não pretendeu ser "um primor arquitectónico", nem em estilo "neo clássico".
Pretendeu sim, ser uma forma de revitalizar o Martim Moniz, tentando diluir a sua actual, crescente "ghetização", através da aplicação de cinco principios:

1º Integração nesta zona histórica, respeitando a sua escala, percursos e enfiamentos, de forma a que, não apareça como mais um corpo estranho na Cidade.
Paralelamente, deverá preocupar-se em integrar o Centro Comercial confinante;

2º Proposta de um "Mix", onde diferentes estractos sociais e actividades coabitam, como os nossos bairros tradicionais são bom exemplo e por isso tão procurados;

3º As lojas sejam amplas e desafogadas, incentivadoras a aqui se instalarem "lojas Ancora",dinamizadoras do sitio (como a FNAC- passe a publicidade- foi para o Chiado);

4º Habitações abertas e flexiveis a serem adaptadas ao gosto e forma de vida de cada um: "se somos todos diferentes, porquê sermos obrigados a viver em casas todas iguais, ao gosto e sabor de cada arquitecto?"

5º Por ultimo, que seja exemplo que mesmo para a sua integração nos bairros antigos da Cidade, não é preciso "imitar o antigo", mas deveremos construir actual, aproveitando o crescente desenvolvimento tecnológico, para um melhor habitar.

Lisboa, 21 de Dezembro de 2.009
Augusto Vasco Costa, arquitecto

Anónimo disse...
Passo lá todos os dias. Acho que este projecto não integra nada com nada. A única coisa que vai fazer é fechar as pessoas em casa com medo de saírem à Rua. A zona é assustadora. Bom urbanismo ali seria destruir aqueles dois centros comerciais e fazer um centro cultural multietnico, isso sim.

Anónimo disse...
a zona só é assustadora para quem só gosta da multietnicidade em museus.os esclarecimentos do Arquitecto parecem-me fazer todo o sentido e é de louvar a sua participação. “























































































PRINCÍPIOS

- Projectar à escala humana, da rua, da praça e do bairro;

- Possibilidade de evolução e de adaptação às necessidades, capacidades e gostos de cada um;

- Versatilidade e polivalência, permitindo facilmente corrigir, o que ontem estava certo e hoje desajustado;

- Se, uma habitação dura setenta ou mais anos e por ela passam duas ou mais gerações. Se, cada geração, naturalmente, tem as suas características genuínas, fruto da época em que vive. Se, cada família, tem a sua maneira de ser, as suas afinidades, gostos e economias, resultado da sua cultura, meio social, etc..
E, se, por sua vez, cada elemento de qualquer família tem o seu feitio, ideias, temperamento, a sua personalidade própria.

Em resumo:

 "se somos todos diferentes, porquê sermos obrigados a viver em casas todas iguais?"